quarta-feira, 18 de abril de 2007

Curtazita

Um domingo à tarde bem passado, com dois amigos...



Depois dá nisto!

terça-feira, 17 de abril de 2007

Perpetuar a memória!

Não foi com o programa da RTP - O Grande Português - que conheci a vida e feitos deste grande senhor. Falo do Sr. Aristides de Sousa Mendes. Um homem cuja coragem e determinação acendem em mim uma derradeira chama de orgulho. Conheci e reconheci a grandeza deste Senhor há já muitos anos. Acho que já conhecia o seu maior feito antes mesmo de este ser reabilitado no seu próprio país. Talvez fruto da minha ligação com França e com Bordéus. Na verdade, orgulha-me saber que partilho a nacionalidade com este Senhor incontornável da história mundial do século XX. Talvez ande a vasculhar o passado, a história de Portugal, à procura de resquícios de orgulho nacional, de algo que erga a minha fé neste patético rectângulo à beira mar plantado. Acabo de ver (puxado da net porque não vejo TV) o documentário sobre o Sr. Aristides. Estou maravilhado, sem palavras. Resigno-me à grandeza e nobreza daquele que, de facto, foi o maior português de todos, maior pela dimensão do seu feito, maior por ter salvo de um inevitável destino, cerca de trinta mil almas. O documentário produzido pela RTP é irrepreensível. José Miguel Júdice esteve largamente à altura da sua função de defensor/argumentador. Este senhor Júdice surpreende-me cada vez mais pela positiva.
Analisando esse concurso idiota chamado “O Grande Português”, concluo que o grande vencedor é, sem dúvidas, Aristides de Sousa Mendes. Vence em todos os aspectos porque, finalmente, é elevado ao lugar que merece na nossa história como um Homem que nos orgulha não só a nós, seus concidadãos mas também toda a humanidade.

A cada dia que passa, a nossa classe dirigente faz-me lamentar um pouco mais ter nascido português. Lamento que haja tão poucos cidadãos capazes de uma integridade moral e dignidade comparável ao Sr. Aristides. Lamento, sinceramente. Olho para aquelas caras todas mais ou menos conhecidas ou familiares, para aqueles nomes sonantes ou nem por isso. Varro o espectro da esquerda da bancada até à ponta direita. Faço um esforço e volto a escrutinar o plantel. Nada, ninguém, não há uma cara ou um nome que, à priori, me faça adivinhar a existência de altos padrões morais e ideológicos. Nenhum! Ora bolas! Mas, como posso eu acreditar numa cambada que, não tenho dúvidas, em Junho de 1940, teria vendido o vizinho, irmão ou o país até, a troco de um qualquer lugar de destaque no governo de ocupação. Olho para essas caras, oiço os nomes e imagino-os facilmente num Vichy à portuguesa a negociar deportados em troca de favores políticos ou de negociatas. Todos perseguem um ideal comum: os seus interesses pessoais ou corporativistas.
As vezes dá ganas de sonhar com uma depuração “polpotiana” onde a limpeza começasse pela elite (pseudo) governante! Mas como sou pacífico fico-me pela vontade de emigrar. Afinal quem está mal muda-se não é?
Fico triste por na nossa história não haver mais “Aristides” (no sentido das qualidades humanas e morais), no passado e muito menos no presente.

Parabéns Aristides (e parabéns Sr. Júdice por ser um dos últimos dos “Moicanos”)