O mal disto tudo está nos currículos que só contemplam a História de Portugal no quarto ano de escolaridade e durante uma pequena parte do primeiro período, onde a nossa história é abordada de uma forma muito resumida e rápida. Tu que estivestes em França e que por lá estudastes sabes bem que os francês logo a partir do CE1 começam a abordar a História da França, de uma forma simples e que depois nos restantes anos lectivos é cada vez mais aprofundada. Aqui, infelizmente, parece que a riqueza deste pequeno burgo, não tem grande interesse. Como é que é possível perguntares a um miúdo em França o que foi revolução francesa e este saber, de um modo geral, saber do que se tratou e já lá vão mais de dois séculos e aqui se fizeres a mesma pergunta a um miúdo raramente sabe responder a algo que só aconteceu há 34 anos? É para ver o tipo de importância que o Estado tem dado à cultura, à educação e ... a tudo. Enfim, penso que cada vez mais o papel dos docentes tem que ultrapassar as barreiras dos currículos impostos por gabinetes incultos e desinteressados. E o trabalho de casa dos pais neste particular também deixa muito a desejar. Mas, como muitos falam e bem, se falarmos de futebol, dos clubes e das suas personagens, aí sim o dever patriótico vem ao de cima. Vá-se lá compreender estas mentes... Abraço Alexandre
Realmente, nos portugueses temos muito que rever as nossas atitudea, as nossas vidas. É lamentável ver miúdos com tão pouca cultura histórica, sabendo que fomos dos povos que um dia dominaram este mundo. Somos pobres na memória, e nos espíritos. Votamos sempre nos mesmos partidos, em alguns que dizem que combateram a ditadura e que a seguir ao 25 de abril encheram os bolsos, mas continuámos a idolatrá-los, e esquecemo-nos por completo das verdadeiras pessoas que estiveram por detrás da revolução e que a nossa sociedade actual votou ao anonimato puro e completo como se eles nunca existiram e fizemos de pessoas como Mário Soares e outros como sendo os seus mentores. Enfim, é mais uma vez a verdade histórica manipulada. O 25 de Abril de hoje resume-se a um discurso de um presidente, que esteve na origem das manifestações da ponte e de outros disturbos sociais; a governos que nos espoliam; a foguetes e a bailaricos. Como é que este povo quer vir a ser reconhecido pela sua sabedoria e inteligência se ele próprio se auto-fustiga perpetuamente? Abraço cccp
Concordo com as opiniões, mas em relação à França não sei bem , nunca lá estive, mas se o dizem é porque deve ser verdade. Ainda bem que alguns entrevistados ainda vão dizendo algumas coisas úteis,mas a ideia de escravatura está na boca de muitos erradamente, deveriam querer dizer ditadura. sabem do que mais me admiro? É de ver miúdos de infantários conhecerem melhor o 25 de Abril do que aqueles que frequentam o ensino secundário. E esta hein? Passei o feriado numa vila à beira mar plantada e qual não foi o meu espanto de ver uma gaiata com 5 anos a cantar "Grândola Vila Morena" e "Uma gaivota(?)" e saber que o Salazar tinha sido mau para o seu povo, porque foi dito pela sua educadora. Perguntem a muitos se sabem o que representam estas canções e depois ficámos conversados... Viva o 25 de Abril e a Liberdade; e abaixo o absentismo e as falsas desculpas para não participar na vida política do país. Abraço e bem haja por aturarem este pequeno desabafo... Amigo
Eu também sou suspeito, lecciono na Charneca da Caparica, na disciplina de História, e realmente, como disse o Alexandre, como não gosto lá muito das competências da disciplina, quando julgo necessário, "ignoro" algumas delas e dou a matéria à minha maneira. Como é possível que o 25 de Abril tenha tão pouco "peso" na nossa história académica? Será que alguém se envergonhou desse acontecimento histórico por lhe ser concedido tão pouco tempo nos manuais dos alunos? E outra coisa que, a mim e a muitos outros colegas, ainda não chegamos a entender:por que razão o nome dos Capitães de Abril raramente vem mencionado nos manuais? É por esta razão e muitas outras que o ensino público está como está. Até quando os docentes serão marginalizados, pois é a palavra mais correcta, na estruturação dos currículos de ensino? Enfim, plageando, não me levem a mal, ...vá se lá compreender estas mentes, este país. Ainda dizem que os professores não querem ser avaliados. Pudera, nestas circunstâncias quem tem legitimidade para o fazer? Miguel Salvado
Espanta-me que, com tudo o que as crianças ouvem dos mais velhos e lêem nos livros escolares, ainda tenha havido algumas respostas a acertar qualquer coisinha.
Seria interessante fazer um vídeo destes a pessoas de outras idades.
10 comentários:
O mal disto tudo está nos currículos que só contemplam a História de Portugal no quarto ano de escolaridade e durante uma pequena parte do primeiro período, onde a nossa história é abordada de uma forma muito resumida e rápida.
Tu que estivestes em França e que por lá estudastes sabes bem que os francês logo a partir do CE1 começam a abordar a História da França, de uma forma simples e que depois nos restantes anos lectivos é cada vez mais aprofundada.
Aqui, infelizmente, parece que a riqueza deste pequeno burgo, não tem grande interesse. Como é que é possível perguntares a um miúdo em França o que foi revolução francesa e este saber, de um modo geral, saber do que se tratou e já lá vão mais de dois séculos e aqui se fizeres a mesma pergunta a um miúdo raramente sabe responder a algo que só aconteceu há 34 anos?
É para ver o tipo de importância que o Estado tem dado à cultura, à educação e ... a tudo.
Enfim, penso que cada vez mais o papel dos docentes tem que ultrapassar as barreiras dos currículos impostos por gabinetes incultos e desinteressados.
E o trabalho de casa dos pais neste particular também deixa muito a desejar. Mas, como muitos falam e bem, se falarmos de futebol, dos clubes e das suas personagens, aí sim o dever patriótico vem ao de cima. Vá-se lá compreender estas mentes...
Abraço
Alexandre
Realmente, nos portugueses temos muito que rever as nossas atitudea, as nossas vidas. É lamentável ver miúdos com tão pouca cultura histórica, sabendo que fomos dos povos que um dia dominaram este mundo. Somos pobres na memória, e nos espíritos. Votamos sempre nos mesmos partidos, em alguns que dizem que combateram a ditadura e que a seguir ao 25 de abril encheram os bolsos, mas continuámos a idolatrá-los, e esquecemo-nos por completo das verdadeiras pessoas que estiveram por detrás da revolução e que a nossa sociedade actual votou ao anonimato puro e completo como se eles nunca existiram e fizemos de pessoas como Mário Soares e outros como sendo os seus mentores. Enfim, é mais uma vez a verdade histórica manipulada. O 25 de Abril de hoje resume-se a um discurso de um presidente, que esteve na origem das manifestações da ponte e de outros disturbos sociais; a governos que nos espoliam; a foguetes e a bailaricos. Como é que este povo quer vir a ser reconhecido pela sua sabedoria e inteligência se ele próprio se auto-fustiga perpetuamente?
Abraço
cccp
Concordo com as opiniões, mas em relação à França não sei bem , nunca lá estive, mas se o dizem é porque deve ser verdade. Ainda bem que alguns entrevistados ainda vão dizendo algumas coisas úteis,mas a ideia de escravatura está na boca de muitos erradamente, deveriam querer dizer ditadura. sabem do que mais me admiro? É de ver miúdos de infantários conhecerem melhor o 25 de Abril do que aqueles que frequentam o ensino secundário. E esta hein?
Passei o feriado numa vila à beira mar plantada e qual não foi o meu espanto de ver uma gaiata com 5 anos a cantar "Grândola Vila Morena" e "Uma gaivota(?)" e saber que o Salazar tinha sido mau para o seu povo, porque foi dito pela sua educadora. Perguntem a muitos se sabem o que representam estas canções e depois ficámos conversados...
Viva o 25 de Abril e a Liberdade; e abaixo o absentismo e as falsas desculpas para não participar na vida política do país.
Abraço e bem haja por aturarem este pequeno desabafo...
Amigo
Lisboa terra do governo,
Terra da sabedoria,
O sócrates é quem mais ordena
E dá o voto p´ra nossa sangria
Lisboa terra dos iluminados,
Dos impostos bem empregados,
O povo está na sua ignorância
A encher esta repugnância...
Viva o 25 de Abril
Para o povo está tudo baril,
Desde que haja futebol
E nas pipas muito tintol!
O 3xl é pessoa fixe
Faz o que lhe vai na mente
E o resto que se lixe!
Posta, doa a quem doer
E na sua cabeça
Tem sempre a quem responder!
Sem nunca ofender
Consegue pôr gerações a mexer
Desculpa lá estes elogios
Mas a liberdade de expressão
Também é uma opinião
Ena, com este poema sinto-me corar. Só posso dizem bem-haja. Quanto ao nosso ensino, nem comento, sou demasiado suspeito para falar...
Eu também sou suspeito, lecciono na Charneca da Caparica, na disciplina de História, e realmente, como disse o Alexandre, como não gosto lá muito das competências da disciplina, quando julgo necessário, "ignoro" algumas delas e dou a matéria à minha maneira. Como é possível que o 25 de Abril tenha tão pouco "peso" na nossa história académica? Será que alguém se envergonhou desse acontecimento histórico por lhe ser concedido tão pouco tempo nos manuais dos alunos? E outra coisa que, a mim e a muitos outros colegas, ainda não chegamos a entender:por que razão o nome dos Capitães de Abril raramente vem mencionado nos manuais?
É por esta razão e muitas outras que o ensino público está como está. Até quando os docentes serão marginalizados, pois é a palavra mais correcta, na estruturação dos currículos de ensino?
Enfim, plageando, não me levem a mal, ...vá se lá compreender estas mentes, este país. Ainda dizem que os professores não querem ser avaliados. Pudera, nestas circunstâncias quem tem legitimidade para o fazer?
Miguel Salvado
Guerra Mundial dos Cravos eheheheh essa tá muito boa, dava pra uma curta Noya, ó Luís!
Espanta-me que, com tudo o que as crianças ouvem dos mais velhos e lêem nos livros escolares, ainda tenha havido algumas respostas a acertar qualquer coisinha.
Seria interessante fazer um vídeo destes a pessoas de outras idades.
Enviar um comentário